É um processo inflamatório pulmonar e potencialmente fatal podendo ocorrer como uma doença aguda fulminante ou como um processo insidioso crônico. Ocorre quando fluido passa pela epiglote e entra na traqueia. Uma pequena quantidade pode ser eliminada pelo aparelho mucociliar, mas grandes quantidades mantém o fluxo descendente da traqueia aos brônquios, seguindo a ação da gravidade até atingir um nível mais baixo.
Afecção esofágica, defeitos autonômicos, disfunção faríngea, vômito, causas iatrogênicas e diminuição da consciência predispõem a aspiração em pessoas. Em cães é comumente associada a casos de megaesôfago.
Os danos patológicos ao pulmão resultam de lesões às membranas capilares dos alvéolos e perda da superfície para a troca gasosa comprometendo a ventilação-reperfusão e levando à hipoxemia. A aspiração de ácido gástrico causa alterações diretas sobre a função surfactante que resulta em perda da superfície de tensão e atelectasia - a lesão química impacta adversamente a resistência pulmonar à infecção e a presença de bactérias orais ou gastrintestinais no fluido aspirado pode resultar em desenvolvimento de pneumonia bacteriana grave. A broncoconstrição subsequente aumenta a resistência das vias aéreas e o esforço necessário à respiração.
Aproximadamente um terço dos cães acometidos apresentam aumento da temperatura retal (menos de 50% dos cães adultos com broncopneumonia apresentaram febre) ou aumento da frequência respiratória. Tosse e dificuldade respiratória foi notada em mais da metade dos animais afetados. Sons pulmonares anormais presentes em aproximadamente 68% dos casos indicando a importância do exame físico completo incluindo a ausculta pulmonar.
De uma maneira geral a aspiração para o pulmão direito ocorre mais comumente do que o esquerdo. Sendo que a posição do animal durante o evento de aspiração desempenha papel importante na localização dos infiltrados radiograficamente detectáveis. A ramificação da árvore brônquica do lobo cranial tem origem no brônquio principal; mas faz uma curva em "U" cranialmente para o lobo cranial direito; sendo assim, mais fácil o fluido seguir para baixo em direção ao brônquio lobar médio direito o qual é o próximo à direita
Afecção esofágica, defeitos autonômicos, disfunção faríngea, vômito, causas iatrogênicas e diminuição da consciência predispõem a aspiração em pessoas. Em cães é comumente associada a casos de megaesôfago.
Radiografias LL demonstrando dilatação esofágica (sombreado de laranja) por gás com presença de "tracheal stripe signal" associado a leve deslocamento ventral da traqueia (setas vermelhas) e visualização da parede esofágica ventral em tórax caudal. Note aumento de opacidade em margem ventral do campo pulmonar sobreposta à silhueta cardíaca na incidência LL esquerda.
Os danos patológicos ao pulmão resultam de lesões às membranas capilares dos alvéolos e perda da superfície para a troca gasosa comprometendo a ventilação-reperfusão e levando à hipoxemia. A aspiração de ácido gástrico causa alterações diretas sobre a função surfactante que resulta em perda da superfície de tensão e atelectasia - a lesão química impacta adversamente a resistência pulmonar à infecção e a presença de bactérias orais ou gastrintestinais no fluido aspirado pode resultar em desenvolvimento de pneumonia bacteriana grave. A broncoconstrição subsequente aumenta a resistência das vias aéreas e o esforço necessário à respiração.
Aproximadamente um terço dos cães acometidos apresentam aumento da temperatura retal (menos de 50% dos cães adultos com broncopneumonia apresentaram febre) ou aumento da frequência respiratória. Tosse e dificuldade respiratória foi notada em mais da metade dos animais afetados. Sons pulmonares anormais presentes em aproximadamente 68% dos casos indicando a importância do exame físico completo incluindo a ausculta pulmonar.
De uma maneira geral a aspiração para o pulmão direito ocorre mais comumente do que o esquerdo. Sendo que a posição do animal durante o evento de aspiração desempenha papel importante na localização dos infiltrados radiograficamente detectáveis. A ramificação da árvore brônquica do lobo cranial tem origem no brônquio principal; mas faz uma curva em "U" cranialmente para o lobo cranial direito; sendo assim, mais fácil o fluido seguir para baixo em direção ao brônquio lobar médio direito o qual é o próximo à direita
(J.Vet.Sci, 7(4), 2006)
Em pouco mais de 50% dos casos há envolvimento de uma única região pulmonar - mais comumente o lobo médio direito.
Cão que aspirou o meio de contraste sendo visualizado o preenchimento do brônquio lobar médio direito.
Cães que tinham envolvimento de mais de uma região pulmonar tinham acometidos mais comumente os lobos craniais direito e esquerdo e o médio direito. Em 26% dos casos os lobos acessório e caudais estavam acometidos.
Radiografia VD demonstrando infiltrado intersticial em lobos direitos médio (sombreado de verde na imagem à direita) e cranial.
O infiltrado alveolar é o padrão pulmonar mais comumente encontrado em casos de pneumonia por aspiração (aproximadamente 74% dos casos). Porém, em aproximadamente 26% dos casos pode estar presente padrão pulmonar predominantemente intersticial.
Três incidências radiográficas devem ser realizadas em casos suspeitos de pneumonia por aspiração (LL direita, LL esquerda e VD/DV); já que o infiltrado frequentemente se distribui ventralmente, a incidência LL esquerda pode ser a única na qual os infiltrados nos lobos cranial ou médio direitos sejam visualizados.
Referências:
1. KOGAN, David A.; JOHNSON, Lynelle R.; JANDREY, Karl E.; POLLARD, Rachel E. Clinical, cliniopathologic, and radiographic findings in dogs with aspiration pneumonia: 88 cases (2004 - 2006). JAVMA, Vol 233, No 11, 2008.
2. EOM, Kidong; SEONG, Yunsang; PARK, Heemyung, CHOE, Nonghoon; PARK, Jongim; JANG, Kwangho. Radiographic and computed tomographic evaluation of experimentally induced lung aspiration sites in dogs. J.Vet.Sci, 7(4), 2006.
2. EOM, Kidong; SEONG, Yunsang; PARK, Heemyung, CHOE, Nonghoon; PARK, Jongim; JANG, Kwangho. Radiographic and computed tomographic evaluation of experimentally induced lung aspiration sites in dogs. J.Vet.Sci, 7(4), 2006.
Excelente informativo !!
ResponderExcluirMarcelly Queiroz